O OURO DE DEUS:O MANA BRANCO
Postado em 31/12/2013

 O OURO DE DEUS:O MANA BRANCO


No artigo 03 dos ARTIGOS DA KABBALAH MESSIANICA mencionarei o estranho pó branco que a expedição de Sir W. M. Flinders Petrie Scott em 1904, expedição financiada pelo Egypt Exploration Society, encontrou na antiga região mineira de cobre e turquesa da península do Sinai, acima do Mar Vermelho e ao leste do Egito, lugar hoje é conhecido como Serâbit el Khâdim. Os diários de Petrie compilado e publicado com o nome de Researches in Sinai. O pó branco tinha o nome de “mfkzt” (pronunciado “mufkuzt”) e aparecia em dúzias de menções na parede de Serâbit el Khadim e em inscrições de estelas. Também acharam em Serâbit numerosas referencias escrita a “pão” e o hieróglifo tradicional para “Luz” (um ponto dentro de um circulo), junto com muitas toneladas do pó branco conforme a lista de Petrie.. 
A titulo de analise faremos uma comparação do “mfkzt” e o maná. 
O enigmático pó branco da lista de Petrie aparece nas pesquisas anteriormente feitas por K R Lepsius em 1845 e Champollion em 1822. Ninguém chegou à conclusão nenhuma. Não era turquesa, nem cobre, nem malaquita. Determinou-se que a palavra significa alguma forma de pedra valiosa e considerada instável de algum modo. A melhor conclusão em 1955, os egiptólogos determinaram que “mfkzt” era um produto mineral valioso.
Diante dos detalhes muitos concluíram que ali em Serabit el Khadim havia uma oficina alquímica e nas fornalhas fumegava a produção do “mfkzt” sagrado.
Levantaremos apenas perguntas diante dos textos bíblicos que mencionaremos.
É possível imaginar que no alto do Monte Sinai estariam os “artesãos” do pó sagrado? 
Por que “artesão”? A palavra hebraica de origem semítica “avôd” significava “trabalho” que foi traduzida por “adoração”. Veja hebraico (heb)”avodah” significa: trabalho, labor(esp), ação; adoração, veneração. 
No inglês, a Oxford Word Library explica a base etimológica de “adoração” (do inglês arcaico “weor”), como weorchipe – em essência “workship”. 
Veja que “work” significa “trabalho” em inglês. 
Adorar seria “ser artesão” na obra divina. Adorar tem uma conotação mística. Trabalhar, ser artesão é real. Concreto. Mas ser artesão em que? No Novo Testamento grego, José, pai de Jesus, era descrito como “artesão” (do aramaico “naggar” e grego “ho tekton”). 
Em Mateus 13.55 “Não é este o filho do carpinteiro?”, a palavra “carpinteiro” é “tektonos” (gre). Em Marcos 6.3 “Não é este o carpinteiro” “tekton” (gre) – refere-se a Jesus. TEKTON em grego significa: obreiro, artesão, carpinteiro, autor, inventor, fabricante. A palavra “artesão” é mais apropriada do que carpinteiro.
Adorar a Deus seria etimologicamente “ser artesão” na obra messiânica. 
Falemos agora do “maná” (hebr). O alimento dado por Deus ao povo no deserto. 
Êxodo 16.31 E chamou a casa de Israel o seu nome maná; e era como semente de coentro branco, e o seu sabor como bolos de mel.
Os essênios conheciam com o nome de “maná branco” “man halaban” (hebr). Eles com certeza conheciam o “pó branco”. E eles eram “artesãos”. Conheceram a arte alquímica da transmutação (veja artigo “Os Rolos do Mar Morto”).
Muitos comparam os conhecimentos dos essênios com os antigos conhecimentos milenares dos egípcios.
Veja a similaridade histórica: No Livro dos Mortos, que remontam do terceiro milênio a.C fica claro nos relevos de Serabit que os reis egípcios já ingeriam o “mfkzt” branco, (poderíamos comparar com o maná branco?) ou ouro em pó branco por volta de 2180 a.C.
Na antiga sabedoria alquímica das escolas egípcias de mistério, os filósofos do templo preparavam um “miraculoso pó de projeção” que transmutava, segundo eles, a ignorância humana em um lingote de ouro espiritual. Este “pó de projeção” era o “mfkzt”, a mana, o pó branco de ouro; ou, como se chamou no campo alquímico, a Pedra Filosofal.
Como poderíamos entender o pó branco como base transmutadora do ouro?. 
Ou poderíamos sugerir ser possível transmutar o ouro em pó solúvel?
Então vejamos Moises no livro do Êxodo após falar no Monte com IAVEH (hebr), desceu da montanha e, enraivecido ante a dança em torno do ídolo de ouro, realizou uma transformação das mais extraordinárias. Segundo Êxodo:
Êxodo 32.20 E tomou o bezerro que tinham feito, e queimou-o no fogo, moendo-o até que se tornou em pó; e o espargiu sobre as águas, e deu-o a beber aos filhos de Israel. 
A palavra Asher-daq (hebr) reduzir a polvilho. A Septuaginta (a Bíblia grega, tradução do hebraico feito pelos 70 sábios de Alexandria) fala de forma significativa, ao dizer que Moises “semeou” o pó na água. 
A substancia branca atravessa ao longo da historia dos reis egípcios e da historia bíblica. Uma das traduções propostas é que o “mfkzt” também seria uma pedra branca. Outros traduzem como “pão branco”.
Vejamos a historia do “pão” na linha da historia bíblica:
600 anos antes de Moises, (Gênesis 14.18) Melquisedeque, rei de Salém, trouxe pão e vinho; e era este sacerdote do Deus Altíssimo. 
Pão, LAHEM (hebr), a primeira referencia do que seria o “maná” (hebr). 
Nos rolos do Mar Morto tem registro nos “Fragmentos do Documento do Príncipe Melquisedeque”. E segundo esses escritos indicam que Melquisedeque e o arcanjo Miguel eram um só. Nesses antigos pergaminhos, Melquizedeque (Miguel-zadoque) é chamado “O Celeste e príncipe da Luz”.
Noutro momento da historia bíblica, 600 anos após Moises temos Beth-le-hem – A casa do pão - (hebr), o símbolo da vida, o sustento, a providencia messiânica.
A historia de Rut tem relação com Isaí O belenita pelo que evidentemente foi o lugar do nascimento do rei David (1 S. 16:4; 17:12, 15) Foi também o lugar de nascimento do Meshiaj (hebr) - Senhor Jesús (hebr).
Sem duvida, não podemos esquecer da auto denominação messiânica de “pão” que desceu do céu comparando com o “maná” (hebr) sagrado dado por Deus no deserto, mas que desta feita era na sua própria pessoa. O Maná branco que dá vida para sempre.
João 6.58 Este é o pão LAHEM (hebr) que desceu do céu; não é o caso de vossos pais, que comeram o maná () e morreram; quem comer este pão viverá para sempre. 
Nem podemos esquecer a partilha do pão feita pelo Meshiaj (hwbr) na sua primeira vinda na mesa com os doze discípulos.
Mateus 26.26 E, quando comiam, Jesus tomou o pão, e abençoando-o, o partiu, e o deu aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. 
E no final previsto da historia, no Apocalipse de João vemos o “maná secreto, oculto, escondido” junto com a “pedra branca” como o manjar dos deuses aos que vencerem e fizerem a “obra messiânica”:
Apocalipse 2.17 Ao que vencer darei a comer do Maná Escondido “MAN HAGANUZ” (hebr), e dar-lhe-ei uma Pedra Branca “EBEN LEBANAH ”(hebr), e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe. 
Desde o inicio da Bíblia até o final: o maná sagrado está ligado com a pedra branca. 
O “mfkzt” achado por Petrie foi o símbolo dos reis egípcios do que depois se tornaria real quando o povo de Deus recebeu no deserto o “maná” (hebr) dado por IAVEH(hebr)
E o “maná” (hebr) do deserto seria o símbolo do verdadeiro “maná” que viria como Messhiaj na libertação do mundo (KOSMOS()(HÁ OLAM)(hebr)
João 4.42 E diziam à mulher: Já não é pelo teu dito que nós cremos; porque nós mesmos o temos ouvido, e sabemos que este é verdadeiramente o Cristo, o Salvador do mundo. (HAMASHIAJ MOSHIÁ HÁ’OLAM)(hebr
E por fim o “maná” messiânico da primeira vinda seria a ante-sala do que realmente será dado ao ser humano no entardecer da historia.
O “man halaban” ou “eben lebanah” apocalíptico seria a “pedra branca” da transmutação humana para o novo mundo que será realizado pelo retorno do Meshiaj. Até porque está previsto o retorno messiânico para reconquistar os reinos do mundo (kosmos).
Apocalipse 11.15 E o sétimo anjo tocou a sua trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso SENHOR e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.
Não existem duvidas com relação aos fatos reais históricos que apontam para a apoteótica transmutação do fim em recomeço da historia do ser humano. 
Prof. Dionisio Fleitas Maidana
Filósofo - Psicanalista - Teólogo - Alquimista

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